quinta-feira, 2 de maio de 2013

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


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1 - ANTES DE COMPRAR

 1.1 - Um canário correctamente tratado pode atingir a idade de 10 a 14 anos. Está preparado para se responsabilizar por ele?

1.2 - Pode oferecer ao seu pássaro um lugar fixo em sua casa? Se ele tiver que ser constantemente mudado, não se sentirá seguro.

1.3 - Tem tempo suficiente para o seu pássaro? Ele tem de ser alimentado e tratado com regularidade (TODOS OS DIAS).

1.4 - Tem outros animais domésticos em casa que possam ser perigosos para o canário ? Um cão pode ser ensinado a não incomodar o pássaro, mas um gato, por seu lado, só com muita dificuldade o poderá ser.

1.5 - Um canário não canta durante todo o ano com a mesma intensidade. Por exemplo, na muda das penas ele precisa de todas as suas energias para a renovação da plumagem. Alguns pássaros também ficam calados sem motivo aparente. Acha que vai gostar da mesma maneira, mesmo se ele já não cantar?

1.6 - No que respeita à alimentação, um canário pode ficar, no máximo, dois dias sozinho. O que acontecerá à ave quando você for de férias ou adoecer?

1.7 - Deseja oferecer o pássaro ao seu filho ? Então terá de lhe explicar o modo correcto de tratamento e prestar atenção a isso.

 2 - O CICLO COMPORTAMENTAL DO PRINCIPIANTE

 2.1 CONTACTO

– é a primeira fase, que ocorre entre amigos e em exposições; nestas oportunidades se dá a apreciação do belo, visual e auditivo, dos canários e surge o encantamento o que é natural dada a sensibilidade positiva de que são dotadas as pessoas. Daí, normalmente resulta a aquisição de um casal ou mais.

2.2 EMPOLGAÇÃO

– é a fase seguinte, que vem num crescendo muito forte, alimentado pela expectativa de realizar, coincide com o período de reprodução e o “novo criador” observa a preparação do ninho pela fêmea, o macho fornecendo-lhe alimentação no bico,a postura, o choco e o nascimento dos filhotes, alguns bons, outros não, mais isto não importa no momento, a euforia fica por conta do fato apenas. Por pouca que seja a qualidade dos descendentes, o simples sentimento de “ter conseguido” é bastante para o iniciante. Esta qualidade para ele é uma questão de aprimoramento, de que se vai cuidar depois.

2.3 CANSAÇO

– verifica-se este fenómeno no período da muda de penas, quando a única coisa que acontece no canaril é que os pássaros enfeiam, o canto cessa e muitas penas terão que ser varridas. Neste ínterim, falta ao estreante o factor “animação”, pois ele só tem pressa e quer ver logo os resultados, pássaros bonitos, activos e canoros, o que culmina apenas após a mocidade das aves. É o período em que a maioria dos criadores jovens acaba desistindo, indício de que é o momento em que o canaricultor precisa de descanso, gozar férias, viajar, respirar novos ares, etc.



2.4 REINÍCIO

– o canaricultor está dentro de cada um de nós; às vezes adormece, mas sempre desperta outra vez. E lá se vai nosso amigo em busca de novos casais para recomeçar sua criação. Até que o estreante aprenda a dar o devido tempo a cada fase, esta agitação será  constante, pois, como já dissemos, ele quer resultados imediatos; aos poucos, porém, ele vai dominando esta intranquilidade e vai acomodando o lado racional da actividade à medida em que aprende que as regras da natureza precisam ser respeitadas. Isto o fará tornar-se paciente e observador, levando-o a melhor cuidar de seus canários e, então, começa a colher aqueles resultados antes pretendidos às pressas; ele mesmo, quando amadurecido, entenderá isto perfeitamente. Paciência, dedicação e perseverança são os requisitos essenciais para o criador. O contacto com as sociedades de canaricultura resulta, sem dúvida, na melhor orientação.

3 - VOCÊ QUER COMEÇAR A CRIAR CANÁRIOS?



Os canários são originários do Arquipélago das Canárias. A maneira como o canário se propagou é muito polémica pois enquanto uns dizem que foram contrabandeados outros afirmam que nas exportações só de machos que se faziam na época, seguiram também, por engano, algumas fêmeas. Hoje o canário é o pássaro mais popular do mundo e a canaricultura atinge um alto grau de desenvolvimento.

3.1 ONDE CRIAR

Qualquer local, desde que abrigado de correntes de ar e isento de humidade. Um cuidado importante: o combate ao mosquito inimigo feroz do canário. Um picada, geralmente ao redor das unhas, provoca inflamações difíceis de serem curadas e muitas delas são fatais. Isole janelas com redes mosquiteiras para evitar a entrada de mosquistos.

3.2 GAIOLAS E ACESSÓCIOS

 As com estrados e comedouros externos, além de mais higiénicas, são mais funcionais e facilitam o trabalho do criador. Nas paredes deve-se usar suporte para pendura-las evitando o contacto directo. Os poleiros devem ser de espessura adequada, não permitindo o tocar das unhas na parte inferior dos mesmos. Banheiras de tamanho grande e comedouros e bebedouros de plástico.

3.3 FORMAÇÃO DO PLANTEL

É um item de importância capital, pois de uma boa escolha dos componentes do plantel mais de 50% dos sucessos de uma criação. Adquira somente pássaros sadios e dentro do padrão de raças estabelecido pelo clube de canaricultura. Filie-se a um deles. Peça orientação a seus directores especule. Não se deixe iludir por preços baixos. Visite os criadores de reconhecida capacidade e  idoneidade.

3.4 ALIMENTAÇÃO

Existe um grande número de fórmulas de farinhadas. Escolha a que lhe parecer mais simples e eficiente. Semente básica é o alpiste com 15% de aveia e 15% de colza. As verduras são: almeirão, chicória, sempre bem lavadas.

3.5 ACASALAMENTO

O período de cria inicia-se em Junho (em Portugal e resto Europa é em Fevereiro/Março). Acasale somente os exemplares sadios. Isso se conhece pelo comportamento do casal: o macho cantando vigorosamente e a fêmea batendo as asas ao pular de um poleiro para outro. Realizando o acasalamento e não havendo nenhuma irregularidade, dentro de mais ou menos 8 dias ela inicia a postura que varia entre 3 a 5 ovos, os quais devem ser retirados diariamente e guardados em um recipiente com sementes redondas, devendo-se virá-los todos os dias para que a gema não precipite. Vá substituindo os ovos colocados, por ovos plasticos no ninho e quando o último ovo for posto, geralmente mais azulado que os demais, volte a colocar todos os ovos no ninho permitindo, assim, que depois de treze dias de choco nasçam todos os filhotes no mesmo dia e sejam alimentados todos ao mesmo tempo.

3.6 INCUBAÇÃO

Dura, como foi dito acima, 13 dias, sendo que no sétimo dia já podem ser observados através de um foco de luz os ovos que, se galados, apresentam uma tonalidade opaca.

3.7 NASCIMENTO E ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES

Nascidos os filhotes, deve-se retomar cuidado para que não faltar alimento, principalmente farinhada (papa) com ovo e a verdura.

3.8 ANILHAMENTO

Por volta do sétimo dia devemos anilhar os filhotes. A anilha é um anel inviolável de alumínio onde estão gravados todos os dados necessários a identificação do canário. Esses anéis devem ser adquiridos no clube que o criador se filiar.

SEPARAÇÃO

Normalmente separam-se os filhotes dos pais aos trinta e cinco dias de idade. Existem muitos outros filhotes que conseguem sair do ninho antes dos 30 dias. Começam bem cedo a dar mostras de autoconfiança e começam a comer já as sementes normais muito antes do outros irmãos. Essas são crias, que porventura sairão bons canarios.

3.9 A PREPARAÇÃO DO NINHO

0 ninho, seja de plástico ou de cerâmica, deve ser pulverizado 24 horas antes com Baygon verde, um produto da Bayer (vendido em farmácias). Você estará tranquilo por dois meses e protegido de todo insecto



4  - MUDA DE PENAS

 Embora sejam muito resistentes, as penas com o tempo começam a perder o brilho e desgastar e precisam ser trocadas.

A muda é um processo normal na vida das aves, relacionado a factores biológicos ligados aos harmónicos produzidos pela tiróide.

A muda ocorre todos os anos e inicia-se após a época de cria,(não deve permitir que procriem até a época em que antecede a muda).

Se o pássaro foi bem alimentado irá mudar facilmente e não passará de 6 a 8 semanas.

Nesta época a ave pode perder totalmente a as penas ao mesmo tempo, mantendo sempre uma razoável quantidade para cobrir e proteger o corpo e voar.

Se a temperatura estiver elevada muito quente irá antecipar a muda do canário, mas terminará mais cedo. Em climas moderados e  frescos ela atrasa um pouco.

É recomendado fornecer ao pássaro a dieta correcta para esta ocasião, uma alimentação rica em cálcio (osso de chiba), casca de ovo, vegetais,  uma mistura de grãos com maior quantidade de óleo e uma farinhada com ovo.

Na água de beber será trocada diariamente e poderá acrescentar algumas gotas de complexos vitamínicos que contenha ferro.

Nos adultos a troca de pena: rabo, asas, e demais penas inicia-se do centro para as extremidades, nas asas a muda ocorre simultaneamente, no corpo ocorre a muda quase por inteiro, terminando na cabeça.

As penas caem naturalmente e devagar sendo que quase nem se percebe que o pássaro está na muda; se o pássaro voar com   dificuldades, começar a aparecer a pele isto não é normal, e pode ter sido causado pela má alimentação ou outras causas.

Banhos de sol pela manhã (8 as 9 horas) ajudam bastante na muda, manter as gaiolas limpas, evitando que o pássaro fique em  correntes de ar, fornecer banheiras com água limpa para banhos.

A MUDA NOS FILHOTES

Os filhotes nascem pelados com uma finíssima plumagem, e aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro. Os filhotes também mudam de pena  em torno do terceiro ao quarto mês de vida, o que chamamos de muda de ninho, que é, o pássaro apenas muda as penas do peito e cabeça, as penas das asas e rabo só mudaram no próximo ano.

MUDAS PRECOCES

As mudas precoces são consideradas aquelas em que as penas são trocadas fora da sua época normal: bruscas mudanças de ambiente, temperatura, sustos, acordar as aves durante o seu sono e entre outros factores, são causadores de uma muda precoce.  Um pássaro nestas condições é um pássaro triste e sempre esta embolado, o pássaro não canta.

Devemos trata-los muito bem, administrando algumas vitaminas para tal e evitar o máximo em incomodar as aves.

MUDA DE PENAS



É importante entendermos esse período que ocorre na vida de nossos pássaros, já que esse é o período em que as aves ficam mais debilitadas, perdem resistência e energia, por isso convém aos criadores dar-lhes atenção especial, através de uma boa   alimentação e protege-los do frio, em especial evitar as correntes de ar. Com esses cuidados básicos os pássaros estarão sempre sadios e não terão problemas físicos quando chegar a época da reprodução. A muda ocorre por um processo norma,  directamente relacionada afactores biológicos associados aos hormônios produzidos na tiróide. Ela é necessária porque as penas embora muito resistentescomeçam a se desgastar com o tempo e acabam sendo substituídas por penas novas.

O processo de muda é sempre posterior ao período de reprodução, mesmo durante a muda os pássaros não perdem todas as penas ao mesmo tempo, mantendo sempre umaquantidade razoável de penas para protege-los do frio e possibilita-los de voar.

A muda das asas,por onde em geral começa o processo, é simultânea, trocando as penas primárias na sequência de dentro para fora e as secundáriasde fora para dentro.

Essa ordem pode variar, com a muda ocorrendo nos dois sentidos ou na ordem contrário. Com relação as outras penas do corpo elas são trocadas da parte traseira em direcção a cabeça e as penas da cauda são trocadas do centro para as extremidades.

Os filhotes na sua maioria nascem praticamente pelados, coberto apenas por uma finíssima plumagem, mas quando saem do ninho já estão quase que na sua totalidade empenhados. Esses filhotes fazem uma muda por volta de três ou quatro meses de vida, mas só a muda que ocorrepor volta de um ano de idade deixam com a plumagem de pássaros adulto.

Lembramos que as penas não nascem na época da muda, caso o pássaro perca uma pena ou o criador a retire ela será reposta

imediatamente.



5 ADEQUAÇÃO DE ESPAÇO FISICO

 

Muitos me fazem esta pergunta, quando cria-se com um número reduzido de casais, não têm-se quase problemas de saúde e a média de filhotes por casal é alta, mas quando aumentas o número de casais. Sem no entanto aumentar o espaço físico do canaril têm-se uma infinidade de problemas de saúde e a média de filhotes cai drasticamente.

Quando o ambiente é impróprio para a criação afecta directamente o estado imunológico das aves proporcionando a instalação de doenças.

Um elevado número de pássaros em um espaço pequeno desequilibra as condições físicas do canaril, após várias pesquisas chegamos à conclusão que o número ideal para a relação Espaço Físico X População do canaril é de um casal por m³, dessa maneira a renovação do ar no canaril será satisfatória. pois o ar não sendo renovado adequadamente apresentará um potencial infeccioso muito grande por conter muitas partículas em suspensão, gases tóxicos, fungos, germes, vírus e uma deficiência de oxigénio, causando danos muitas vezes irreparáveis à saúde do pássaro.

0 canaril deve ser instalado de Preferência em um local amplo com as paredes revestidas de azulejos e piso de cerâmica.

o que facilita a limpeza. A janela deve ser ampla e telhada (não usar tela de plástico, cuja malha é muito fina, e que são facilmente  obstruídas difiicultando a renovação do ar: use tela de metal com malha de 2,0 mm) uma proporção ideal para o tamanho da janela é de um m² de janela para cada dez m³; de canaril e estas devem estar voltadas para o sol nascente. Para ajudar na circulação de ar,  podemos colocar respiradouros na parte superior da parede quase chegando ao teto, essas aberturas que também deverão ser telhadas, eliminam o ar quente que por ser mais leve se coloca na parte de cima.

0 uso de ventiladores não tem nenhum efeito refrescante sobre os pássaros. Tal efeito só se consegue em animais que possuem glândulas sudoríparas expostas. O corpo dos pássaros, coberto de penas, não é capaz de se beneficiar disso.

Providencie para que a temperatura do canaril seja constante e a humidade relativa do ar deve ser fixa em torno de 70%. Evitar sempre as correntes de ar por serem extremamente prejudiciais a saúde dos pássaros. Mantenha o canaril sempre limpo, efectuando  desinfecções periódicas no canaril e nos equipamentos. Agindo desta forma, os problemas de saúde do plantel serão

bastante reduzidos e o ambiente estará propício para o acasalamento.





 



 — Perceba primeiro se a ave não se sente à vontade fora de casa, se enjoa de carro ou se stressa logo que se alteram as rotinas diárias. Se a resposta for afirmativa a qualquer uma das anteriores questões, então, o melhor é deixá-la em casa e encontrar quem cuide dela durante a sua ausência.
— Não parta sem antes visitar o veterinário para um check-up que confirme o bom estado de saúde do animal, e solicite um certificado médico que ateste isso mesmo.
— Na ausência de qualquer tipo de entrave, então, faça as malas pois há poucas coisas tão gratificantes quanto poder ter sempre os animais de estimação por perto. Quanto a eles, desde que apreciem a aventura, sentir-se-ão especiais a seu lado e manterão a mente ocupada, mas, atenção, não a excite com demasiadas distracções.
— Se o destino implicar viajar de avião, contacte a companhia aérea para saber quais as condições e restrições no que refere ao transporte de aves.
— Alerte o hotel de que viaja com uma ave (alguns têm políticas muito restritas no que respeita a alojarem animais) e marque um quarto num piso não fumador.
— Vai precisar de uma gaiola mais pequena que permita ser presa com o cinto de segurança do seu carro e na qual transportará o animal.
— Da gaiola de viagem retire os baloiços, pois, em movimento, estes podem ferir a ave.
— Leve a gaiola normal para quando chegar ao destino.
— Nunca coloque a ave no banco da frente. Qualquer incidente que accione o air-bag pode ferir a ave.
— Cobrir a gaiola com um resguardo pode evitar enjoos.
— Forre bem o fundo da gaiola para que o lixo não se espalhe pelo carro.
— Nunca deixe a ave sozinha no carro. As aves morrem facilmente com excesso de calor e desidratação.
— Antes e durante a viajem não lhe dê demasiada comida. Compense-a depois quando chegarem ao destino.
— Os comedouros e bebedouros devem ser mais fundos do que o habitual, para que o seu conteúdo não se entorne, e estar bem fixos à gaiola.
— Dê-lhe sempre água engarrafada.
— Faça pausas regulares em zonas seguras.
— Leve a ração habitual e em quantidade suficiente, pois pode não encontrar a mesma marca no local para onde vai. Convém que mantenha algumas rotinas, especialmente aquelas que possam implicar com o trato digestivo.
— Mantenha o quotidiano da ave o mais próximo possível daquele a que está habituada em casa, mantendo os horários das refeições e da limpeza da gaiola.
— É importante que a ave mantenha as habituais horas de descanso em zonas calmas e longe de sol directo e vento.
— Vigie com maior atenção os dejectos. Qualquer alteração na quantidade de comida desperdiçada e nas fezes do animal podem indiciar stress ou qualquer outro problema.